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Leonardo  Razuk
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Leonardo Razuk é jornalista / atendimento@aredacao.com.br

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Em nome do Paul

| 04.06.21 - 14:21 Em nome do Paul (Foto: Reprodução)

Leonardo Razuk

Goiânia -
O universo do rock é politeísta. Eric Clapton is god, mas ele não é o único. Há muitos outros deuses (e demônios também) na história do rock. Paul McCartney é um deles. Aos 78 anos, o velho Macca ainda consegue nos brindar com trabalhos divinos como o recente McCartney III. Lançado ano passado, o disco, que fecha a trilogia iniciada por ele em 1970, foi todo desenvolvido de forma caseira, com Paul cantando e tocando todos os instrumentos. Se você ainda não ouviu, confira! Mas o culto de hoje é sobre um outro deus Paul: Paul Weller que em menos de um ano nos iluminou com duas criações magníficas: os álbuns On Sunset e o recente Fat Pop.


(Foto: Divulgação)

Com uma vasta discografia solo e em bandas icônicas, Paul Weller é o criador de dois importantes movimentos musicais. Nos anos 70, à frente do The Jam, liderou o ressurgimento do mod na Inglaterra e chegou a ser chamado de Modfather. Já nos anos 90 ele foi uma das grandes referências e influências para o surgimento do britpop encabeçado por Oasis, Blur e Pulp. Os irmãos Gallagher veneram tanto Paul Weller que, inclusive, o convidaram para que ele pudesse dar o seu toque (divino) tocando guitarra e fazendo backing vocal em Champagne Supernova, faixa clássica do cultuado (What’s the Story) Morning Glory. Entre esses movimentos, nos anos 80, Weller ainda nos iluminou com o Style Council, que fazia uma inovadora mistura de rock, pop, jazz, bossa, soul e new wave. 

E suas criações não param. Menos de um ano depois de On Sunset, Paul Weller traz ao mundo mais um trabalho de peso. Fat Pop, o disco “pandêmico” do músico britânico é suave, sofisticado e único. Pop gordo, com letras maiúsculas e bold, como ele já mostrou inúmeras vezes ser capaz de fazer. Basta ouvir a “oração” Shades of Blue, feita em parceria com sua filha Leah, e você já estará iluminado: “Passe toda a sua vida/ Só para descobrir/ Tudo que importa/ Está perto de você/ As pessoas que você conhece/ As coisas que você mostra/ Isso molda nossas visões/ Os lugares que você já esteve/ Para seguir um sonho/ Em tons de azul...”

E ele segue nos dando esperança, paz e luz em outras canções que passam por sonoridades tão distintas como o trip-hop da faixa-título ou o soul orquestral de Glad Times. E tem ainda a pop (rock) Failed, o jazzy de Testify, That Pleasure, que reforça a luta do movimento Black Lives Matter (Todos nascemos livres/ E a liberdade é nosso direito/ Então, por que temos que perguntar?) ou a homenagem ao endemoniado Iggy Pop em Moving Canvas. “Você encontra o olhar dele e então se transforma em pedra”, canta Weller. Para terminar, a envolvente e grandiosa Still Glides The Stream. Reshitegui gratidão!
 
Por essas e outras que devemos sempre nos ajoelhar e agradecer: em nome de Paul, dos outros Pauls (McCartney, Stanley, Rodgers...), do Eric e de tantos outros deuses e demônios do rock, amém.
 


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