Entre os mais influentes da web em Goiás pelo 12º ano seguido. Confira nossos prêmios.

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351

Sobre o Colunista

José Abrão
José Abrão

José Abrão é jornalista e mestre em Performances Culturais pela Faculdade de Ciências Sociais da UFG / atendimento@aredacao.com.br

Meia Palavra

‘Maestro’ é nova tentativa de Bradley Cooper de conquistar um Oscar

| 01.02.24 - 11:22 ‘Maestro’ é nova tentativa de Bradley Cooper de conquistar um Oscar (Foto: divulgação)Já é muito conhecida a sina de grandes atores que nunca conquistaram um Oscar, como Willem Dafoe e Samuel L. Jackson. Recém-chegado nesta lista, e às vezes autoproclamado como injustiçado, está Bradley Cooper. O ator investiu grandemente para tentar conquistar uma indicação (e quem sabe uma vitória) com seu primeiro esforço na cadeira de diretor com Nasce Uma Estrela (2018). Não rolou. Ele agora volta à carga com Maestro, filme também escrito e dirigido por ele e que conta a vida do maestro Leonard Bernstein, primeiro grande condutor nascido nos EUA.
 
Estrelado por Cooper no papel principal e por Carey Mulligan, que interpreta Felicia Montealegre, esposa do protagonista, o filme propõe uma visão mais íntima e doméstica da vida do artista e do casal. O longa chama atenção principalmente pela vida boêmia de Bernstein e para sua bissexualidade, questões que podem ser tabu ainda hoje e que, sem dúvida, eram muito mais ao longo da sua carreira, iniciada ainda nos anos 1940.
 
Este é o ponto forte e que compõe os bons momentos da produção: quando o longa é conduzido como um estudo de personagem, íntimo, hermético, profundo, focado na performance de Cooper e Mulligan. Como Bernstein não é um nome tão conhecido do público, exceto para os grandes fãs de musicais, é exatamente a atuação do casal que age como principal atração para a audiência.
 
O que impede o filme de ser excelente, e que é onde ele peca, é o seu desespero em tentar abocanhar premiações. Em dados momentos, ele parece seguir uma receita de bolo de “como ganhar o Oscar”. Tais cenas quebram com o ritmo e parecem existir à parte da trama principal, recortes feitos para sensibilizar a academia, geralmente tendendo ao melodrama.
 
Cooper acaba emergindo do filme como um segundo maestro: um artista-mestre intruso que parece querer disputar espaço e protagonismo com seu próprio personagem, em detrimento do longa como um todo.
 
O filme está disponível na Netflix.


Comentários

Clique aqui para comentar
Nome: E-mail: Mensagem:

Sobre o Colunista

José Abrão
José Abrão

José Abrão é jornalista e mestre em Performances Culturais pela Faculdade de Ciências Sociais da UFG / atendimento@aredacao.com.br

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351