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Festival Sofun

Produtora começa a devolver o valor dos ingressos

Interessados devem ir ao escritório da Sofun | 17.07.11 - 15:39

Atualizado em 19/07

Gabriela Lima

A comemoração dos cinco anos da produtora Sofun tinha tudo para ser memorável. Grandes atrações, um lugar legal e uma boa estrutura. Mas a festa acabou ofuscada pela falta de público. Segundo Pedro Naves, um dos organizadores do evento, esse é o motivo do cancelamento dos sete shows previstos para este domingo (17/7), entre eles Moraes Moreira e BNegão. "Goiânia, infelizmente, não está preparada para este tipo de evento", justificou Pedro.

A produtora publicou nota em seu site oficial www.sofun.com.br informando que os ingressos serão devolvidos a partir do dia 20/7, no escritório da Sofun, das 10h às 20h. A produtora fica na RUA C149 com RUA C171, Qd. 403, Lt. 12, Casa 3, Jardim América.

Reclamações
Enquanto a produção fala da falta de público, há quem reclame da organização. "Todos os shows começaram com atraso", diz o advogado Daniel Pinheiro de Oliveira, 27 anos. Ele comprou os ingressos para os dois dias ontem. "Muita gente chegava na bilheteria, via que estava caro e vazio e ia embora. Eles podiam ter abaixado o preço."

Os ingressos custavam R$ 50 por dia, e o passaporte que dava direito à entrada no sábado e domingo saía por R$90. Para Pedro Naves, trata-se de uma cobrança justa. "Se fizermos as contas, dá menos de R$10 por show", argumenta.

Já a fotógrafa Fernanda Bougleux, gostou do evento e afirmou que o mesmo foi animado, principalmente durante o show do grupo Funk Como Le Gusta. Ela endossa as palavras do produtor do Sofun sobre a falta de público. "Se fosse sertanejo, teria lotado. As pessoas que fazem parte da cena alternativa saem perdendo", disse, lamentando o cancelamento.
 
Subiriam ao palco do Sol Music Hall no domingo os paulistas do The Dead Rocks, Canastras (RJ), a banda pernambucana Eddie e o cantor Curumin, também de São Paulo. As grande atrações da noite ficariam por conta de BNegão e Seletores da Frequencia (RJ), e os baianos Lucas Santana e Moraes Moreira.

No sábado (16/7), a badalada banda Funk Como Le Gusta encerrou a noitada. Mas o show, marcado para as 0h40, só começou por volta de 3h30. Antes tocaram Grace Carvalho (GO), Chipanzés de Gaveta (GO), De Leve (RJ), A Filial (RJ) e Renato Godá (SP).

Prejuízo
Um Pedro Naves cansado atendeu o telefone na tarde deste domingo. Estava sem dormir e ainda contabilizava o prejuízo, estimado em R$ 75 mil. Os organizadores esperam cerca de 3 mil pessoas, mas só apareceram 800.

Como a decisão ocorreu de última hora, algumas bandas chegaram a vir para Goiânia. Foram embarcadas em voos de volta ou acomodadas em um hotel da cidade. "A gente não tem patrocínio, não tem lei de incentivo. Fizemos esse evento para público, mas não deu certo", lamentou Pedro.


Comentários

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  • 21.07.2011 11:32 Carol Ferrios

    Gosto demais do Pedro mas vou ter de concordar em genero e grau com o comentário abaixo do Thiago e também da Ana Carolina. Comprei o passaporte por 70 e achei o preço antecipado bom para os shows que teriamos, Mas confesso que se soubesse que era no Jaó não teria comprado. Fui embora no sábado antes dos principais shows da noite pq não aguentei a péssima acustica e a demora interminável entre os shows. Sem contar que fui mais cedo pra ouvir de leve e descobri na hora q tinha ficado pro domingo. Afinal, a devolução dos valores será quando?

  • 19.07.2011 16:18 Ana Carolina

    Acredito que o fracasso de público se deu a vários fatores, como uma semana inteira de shows gratuitos na SBPC, show gratuito na Ambiente domingo.. E infelizmente não há público em Goiânia, para esse nicho musical\alternativo, suficiente para se dividir. Ainda por cima, o evento iria acontecer no Jaó, onde não há cultura de shows para esse público. Não quero criticar a organização com esse meu comentário. Só realmente acho uma pena ter dado pouca bilheteria e quis tentar entender o porquê da situação, já que o line-up estava excelente.

  • 18.07.2011 15:16 Thiago

    "Goiânia, infelizmente, não está preparada para este tipo de evento" Que tipo de evento ele quer dizer? 6 atrações bem meia boca a R$50? "Produtor" precisa parar com essa teoria de "menos de R$10 por show". Então quer dizer que se fosse apenas o Funk Como Le Gusta, o evento seria 10 reais? Tem gente que faz evento de tatuagem em pleno Oscar Niemeyer durante 1 semana por 30 reais o dia e é um sucesso. Tem gente que faz um Noise no mesmo local, com mais de 40 atrações a 30 reais e é sucesso... "Se fosse sertanejo, teria lotado." Essa fotógrafa vive na mesma Goiânia que eu? Ela conhece Tattoo Rock Fest, Vaca Amarela, Bananada, Goiânia Noise, Rock Solidário, Tattoo War, Go Mosh? Que mentalidade é essa, meu povo!? O cara abre uma loja de artigos esportivos, vai à falência e a culpa é do consumidor? "Os atletas goianos não estão preparados pra esse tipo de loja"... É triste o fracasso do evento. Apesar de ter torcido a favor, não conheço uma pessoa sequer (incluindo produtores de todos os eventos citados neste comentário) que apostava que o evento seria um sucesso. Todos esperavam esse prejuízo, menos a organização do próprio evento. Eu só cogitei a possibilidade de ir no domingo, sendo que desisti já na hora que fiquei sabendo dos 50 reais. 50 reais!!! Desejo que tudo se acerte pro Pedro, mas não culpe a minha cidade e a "cena alternativa" pelo fracasso... pois a SoFun não faz parte dela. Glória, 5ªtiva, Grace Carvalho, Moraes Moreira e Sol Music Hall não são "cena alternativa"!

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